Ela era doce, meiga. Ele a admirava.
Ela chorava. Ele suspirava.
Ela tinha disciplina e ele obsessão.
Ele sonhava e ela desacreditava.
Ela queria entender. Ele não entendia.
Ela argumentava o problema e ele criticava o argumento.
Ele temia a ausência dela,
Ela temia precisar dele.
Ela queria se perder com ele,
Ele queria se encontrar com ela.
Ela acordava pensando nele,
Ele dormia pensando nela.
O que ela sentia era imutável.
O que ele sentia era renovável.
Por nada ela surtava,
Por tudo ele se calava.
O olhar dele tinha declarações,
O olhar dela segundas intenções.
Se ela o desejava era drama,
Se ele a desejava era cama.
E conviviam das diferenças.
Eram do jeito deles. Únicos.
Indecifráveis.
(M.S.B.)
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